sexta-feira, 24 de agosto de 2012

PALMEIRA e LUIZINHO BOI PENACHO COMPOSIÇÃO DE ANACLETO ROSAS JUNIOR

TONICO e TINOCO BURRO PICAÇO DE ANACLETO ROSAS JUNIOR & ARLINDO PINTO"FEZ MUITO SUCESSO NA VOZ DE TEIXERINHA

Bonita e famosa música de Anacleto Rosas Jr. e Arlindo Pinto, lançada, salvo engano, nos anos 40 por Luizinho e Palmeira....Aqui, com a incomparável dupla do nosso mundo sertanejo : Tonico e Tinoco...
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PICAÇO ---Diz-se de eqüídeo(cavalo, asno...) de cor escura com a testa ou os pés brancos
PICARÇO ---de cor grisalha; cor de sal e pimenta.
PICASSO = PABLO PICASSO, pintor espanhol, maior, do século vinte...
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Esta é a letra :
Comprei um burro picaço
De treis ano mais ou meno
Na hora de dá o recibo
O tropeiro foi dizendo:
''Cuidado com esse macho
Esse bicho tem fama
De ser perigoso
Por ter matado peão
O nome do burro ficou Criminoso''...

Joguei o lombio no burro
O macho se estremeceu
Apertei a barrigueira
O meu burro se encoieu .
Sentei enrriba do couro
O povo de perto de medo correu
Mas qual o que minha gente
Pagão que me aguente
Inda não nasceu .

Tosei a crina do burro
Na sistema meia-lua
Prá cortar uma légua e meia
Meu criminoso nem sua .
Prá varar uma canteira
Passar uma porteira
Corrida ele avua
Sai fogo de todo lado
No passo picado
Na pedra da lua

Eu já vi burro ligeiro
Mas iguar esse inda não
Ingeitei cinco pacote
Do fio do meu patrão

Gosto muito de dinheiro
Cinco mil cruzeiro
Não leva o machão
mas pra falar com franqueza
Não existe riqueza
Que compre o burrão.
LOMBIO = lombilho(Tipo de sela (arreio) usada pelo gaúchos antigos
ELE AVUA = ELE VOA...
CINCO PACOTE = CINCO MIL CRUZEIROS

sábado, 18 de agosto de 2012

leonçio & leonel - Sabugo De Milho-Composição de Anacleto Rosas Junior

Sabugo de Milho
Letra de Música de Anacleto Rosas Jr
( Toada )
Declamado
Eta viola danada,
parece que qué falá,
cante uma móda caboco,
cante que eu quero iscuitá,
me ajude meu companhero...,
prá esse moço iscuitá,
nóis vamo iscuitá uma história,
de fazê pedra chorá,Cantado
Eu inda tinha,
vinte ano mais o meno
quando fiquei conhecendo,
uma cabocla triguera,
perante Deus,
nóis casemo na capéla,
i essa flôr tão singéla,
ficô minha cumpanhera,
Declamado
Mais esse versi cantado,
cum tanta sinceridade,
cum vancê deixa morá,
a dona felicidade,
Cantado
Por muito tempo,
tudo foi felicidade,
até que um dia a maldade,
o meu rancho percurô,
minha caboca,
isqueceu seu juramento,
desviô seu pensamento,
de outro caboco gostô.
Declamado
Eu já tô quase interado,
do que com ocê se passô,
vancê tava desconfiado,
ou foi arguêm que contô,
Cantado
Não foi perciso,
nem que eu desconfiasse,
nem que ninguém me contasse,
ela mesmo me falô,
eu nessa hora,
senti uma coisa estranha,
uma loucura tamanha,
que meu corpo inté gelô.
Declamado
Não me percisa contá,
como é que ocê se vingô,
rancô da cinta o punhá,
no peito dela cravô;
Cantado
Não companheiro,
eu nem relei na marvada,
levei ela inté na estrada,
e pedi prá não vortá,
essa caboca,
que era linda e era faceira,
hoje é um pau de Aruareira,
onde ninguém qué encostá,
Declamado
Caboco gostei de vancê,
e da sua resolução,
ela percisa sofrê,
prá pagá a sua traição,
DeclamadoEla coitada,
vive por esse mundo,
passando de mão em mão,
é um sabugo de mio,
virando por esse chão.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A CRUZ DO CAMINHO - TONICO E TINOCO - Composição de Anacleto Rosas Júnior. e Arlindo Pinto. Gravação Continental - Nº 15.795 de 1.947

Autor: Anacleto Rosas Jr. E Arlindo Pinto
declamado: 

Puxe a cadeira seu moço, 
Sente aqui um bocadinho, 
Vô contá o que significa 
Aquela cruiz do caminho.

Seu moço todas as história
Cuntece por causa do amor,
Mas esta é bem diferente,
Não tem muiê não sinhô.

Onde essa cruiz tá fincada,
Naquele pedaço de chão,
Há tempo foi interrado,
O Zico da Conceição.

O Zico da Conceição,
Cantadô i bão violero,
E tinha a vóis mais bunita,
De tudo o sertão intero.

Quando garrava na viola,
E começava a cantá,
Cantava moda bunita,
Fazia a gente chorá

cantado:

Um dia o pobre coitado,
Sentiu-se muito doente
Daí então desandô,
A imagrecê de repente,

Anssim ficô muito fraco,
Já nem podia cantá,
Saiu um dia de casa,
Foi o doutor percurá.

I tudo aqui sintiu farta,
Daquela tão linda vóiz,
Daquela moda bunita,
Que ele cantava prá nóis.

E o dotor disse prele,
Seu Zico da Conceição,
Tenha pacência rapais,
Vancê tá ruim dos purmão.

O rapais veio simbora,
Tristonho sem esperança,
Parô naquele lugá,
Chorano que nem criança,

Anssim o pobre coitado,
Não resistiu tanta dor,
Rancô da sua garrucha,
E mermo ali se matô.

Com ele foi interrada,
A sua viola de pinho,
E aqui termina a história,
Daquela cruiz do caminho