quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Composição de Anacleto Rosas Junior : Baldrana Macia - Sérgio Reis - Música Sertaneja de Raiz

Sertaneja de Raiz

Música: Baldrana Macia
Intérprete: Sérgio Reis

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Comprei um caco chapeado e uma baldrana macia
Uma coxinilho dos brancos pra minha besta Rosilha
Um peitoral de argolinha, uma estrela que brilha
Fui dar um passeio em Tupã, só pra ver o que acontecia.

Quando cheguei na cidade coma besta toda enfeitada
O povo todo na rua parava em pé na calçada
As mulheres que passavam olhavam admiradas
No meio delas vi uma que me prendeu numa olhada.

Eu já vi moça bonita, mas não vi mulher assim
Por onde eu em virava, via ela olhar pra mim
E eu vendo aquela flor parecida com jasmim
Eu falei comigo mesmo vou levar pro meu jardim

Eu andei mais um pouquinho e da besta eu apeei
Fui chegando perto dela, lindas coisas eu falei
Ela então me respondeu se é por causa que eu olhei
Você está muito enganado foi da besta que eu gostei

Toada de Anacleto Rosas Júnior e Luiz Rosas Sobrinho (pai e filho), em gravação Sabiá/Copacabana de 1961, integrando o 78 rpm número S-557-B, matriz M-3046.



Toada de Anacleto Rosas Júnior e Luiz Rosas Sobrinho (pai e filho), em gravação Sabiá/Copacabana de 1961, integrando o 78 rpm número S-557-B, matriz M-3046.

Composição de Anacleto Rosas Junior : Dino Franco e Mourai - Cavalo Preto

CAVALO PRETO | JACÓ & JACOZINHO

A estrada da vida não tem retorno

No marco do tempo, seguindo a rotina
Andando, sorrindo, chorando ou cantando
Caminha esperando o que Deus determina
Levando mensagem, deixando saudade
E na eternidade seu mundo é de luz
Transportou o poema da realidade
O tema humilde do Mestre Jesus

Rogando por nós aqui na Terra
Orando ao senhor, nosso mensageiro
Saudado o sertão, a casinha da serra
Adeus minha terra, adeus companheiro
Saudade que levo do violeiro
Já tendo cumprido na Terra a missão
Receba mensagem, saudade, oração

ACRÓSTICO DOS IRMÃOS TONICO E TINOCO DEDICADO A ANACLETO ROSAS JÚNIOR NO ANO DO SEU FALECIMENTO

Anacleto Rosas Júnior, o terceiro filho do casal Anacleto Rosas e Maria Bourdon, em Mogi das Cruzes no dia 18 de julho de 1911.

Passou a infância e adolescência em Poá – SP, onde conheceu aquela que se tornaria sua esposa: Clementina Romano Rosas.

Casaram-se em janeiro de 1938, apenas no civil por motivos burocráticos.

O casamento no religioso somente aconteceu vinte e cinco anos depois – já comemorando bodas de prata –m na cidade de Taubaté, no Santuário de Santa Teresinha, com cerimônia realizada pelo Cônego Cícero de Alvarenga.

Após o casamento, mudaram-se para São Paulo. O casal teve três filhos: Luiz Rosas Sobrinho, Rubens Rosas e Cleusa Rosas.

Na capital paulista, Anacleto Rosas apresentou suas composições ao também compositor Ariovaldo Pires, o Capitão Furtado.

Este o apresentou à dupla Palmeira e Piraci que gravou a primeira toada de Anacleto: Promessa de Caboclo, em 1940.

A partir de então, seguiram-se uma grande quantidade de modas de sucesso, dentre elas: Cavalo Preto, gravada a primeira vez em 1945 por Palmeira de Luizinho, logo após regravada por Sergio Reis, Inezita Barroso, Tonico e Tinoco, dentre outros.

Tornou-se trilha sonora da novela Pantanal, exibida pela extinta TV Manchete, Cavalo Preto até uma versão em japonês.

Seguiram-se, então:
- Os Três Boiadeiros, gravada por Pedro Bento e Zé da Estrada para o filme de mesmo nome;
- Fogo no Rancho, parceria de Anacleto Rosas com Elpídio dos Santos para o filme Jeca Tatu, de Mazzaropi;
- Aparecida do Norte, cururu gravado por Tonico e Tinoco, usada como trilha sonora para o filme Nossa Senhora Aparecida,
- Presépio da Serra, uma homenagem a Campos do Jordão;
- Baldrana Macia, gravada também por Luiz Gonzaga;
- Mestiça, regravada por Renato Teixeira;
- Cortando Estradão, gravada por Tonico e Tinoco, regravada por Sergio Reis e Almir Sater para a novela O Rei do Gado, exibida pela Rede Globo no Brasil e no exterior.

Outros sucessos de Anacleto Rosas Junior: Confissão, A Cruz de Ferro de Ubatuba, Filho de Mato Grosso, Flor Matogrossense, Zé Tartuliano, Zé Valente, Boi de Carro, Burro Picaço, Vaca Mestiça, Mil e Quinhentas Cabeças, Timidez, Na Ponta do Reio e Surrei de Chicote.

Segundo a Revista Sertaneja de 1959, Anacleto Rosas contava com 430 composições gravadas e regravadas pelos grandes nomes da música sertaneja.

Em 1960, foi convidado e aceitou dirigir o Selo Sabiá, o selo sertanejo da Copacabana Discos.

Pelas mãos de Anacleto Rosas como diretor surgiram novos talentos, dentre eles, Belmonte e Amarai.

Ainda na Sabiá, dirigiu a notável gravação do LP Canto de Aves do Brasil, produzida pelo engenheiro industrial Dalgas Frisc, focalizando vozes de pássaros da Amazônia.

Este disco garantiu a seus realizadores, inclusive Anacleto Rosas, o pioneirismo mundial em gravações realizadas em plena natureza.

Ao radicar-se em Taubaté no ano de 1952, Anacleto Rosas foi trabalhar na Rádio Difusora Taubaté, apresentando diariamente o programa Manhãs Sertanejas e, à noite, o programa Serão de Caboclo.

Nesta emissora, Anacleto Rosas ficou até aposentar-se, quando foi substituído pelo seu filho, Luiz Rosas Sobrinho.

Ele foi o responsável pelo lançamento da primeira dupla taubateana a se profissionalizar: Souza e Monteiro.

Também lançou em seguida, o Trio Turuna, composto por seus filhos Luiz e Cleusa Rosas, além de Arraiel Theodoro do Prado, que trouxe do norte do Paraná.

Com o trio, Anacleto Rosas excursionou por muitas cidades e estados brasileiros e tornou-se o campeão de vendas de discos de sua época.

Anacleto Rosas Júnior faleceu em Taubaté no dia 4 de fevereiro de 1978, aos 67 anos de idade e está sepultado no Cemitério Municipal desta cidade.

http://camarasempapel.camarataubate.s...

PICO DO LEÃO DEITADO NA COMUNIDADE DO TRIBUNA, LOCALIZADA NA ZONA RURAL DE IPATINGA - MG

Composição de Anacleto Rosas Júnior e Arlindo Pinto, em gravação Sabiá/Copacabana de 1960, possivelmente lançada em maio-junho desse ano, em 78 rpm de número S-524-B. Os Dois Turunas, que a registraram, eram Luiz Rosas Sobrinho, filho de Anacleto, e Arraiel Theodoro do Prado, amigo da família Rosas. Coração de Jesus

Valsa de Anacleto Rosas Júnior e Arlindo Pinto, em gravação Sabiá/Copacabana de 1960, possivelmente lançada em maio-junho desse ano, em 78 rpm de número S-524-B. Os Dois Turunas, que a registraram, eram Luiz Rosas Sobrinho, filho de Anacleto, e Arraiel Theodoro do Prado, amigo da família Rosas.

Os Dois Turunas - Zé Valente - (Anacleto Rosas Jr.)

Os Dois Turunas - 1969 - Modas Campeiras de Anacleto Rosas Jr. (CLP-9.075 Caboclo Continental)